segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Guimarães capital da cultura 2012 - Eu faço parte

Um sopro de cultura respira a cidade onde nasceu Portugal. Aproveitar o mote de ser capital da cultura para modernizar espaços, renovar, renascer sem nunca esquecer o orgulho no passado histórico. Exemplo. O centro histórico de Guimarães está repleto de cantos e recantos, pastelarias que fazen crescer água na boca, espaços trendy chiq mas com a “boa mão” portuguesa.





O Manjar dos Doces é um recanto onde uma meia-torrada é reinterpretada: pão de noz caseiro torrado acompanhado de doce-de-abóbora é simplesmente irresistível.







“Aqui nasceu Portugal”


O coração, está presente em todos os passos, metamerfoseado de forma inspiradora e original.







O programa cultural associado à "Capital Europeia da Cultura" é rico e extenso e pode ser visitado no site: www.guimaraes2012.pt . O espaço São Mamede é o porto de abrigo ideal para o micro-clima da cidade berço. De decoração contemporânea,  prova-se uma das mais antigas receitas portuguesas: Sangria.



Guimarães 2012 – Eu também faço parte!   


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

India dia 1  Deli


Chegada a Deli via Londres pelas 06h20. Chegámos e, surpreendentemente, não sentimos logo o cheiro da Índia, mas o calor abafado sem qualquer aragem. Apenas temos tempo no hotel para um banho e partimos à descoberta de Old Deli. A capital da Índia é dividida em Nova e Velha Deli. A primeira, moderna, foi planejada pelos ingleses durante o período colonial para ser capital da Índia, enquanto a Velha Deli, é muito mais antiga, anterior ao domínio mongol.
Tal como em qualquer pais, principalmente no Oriente, primeiro estranha-se, depois entranha-se. Nas ruas da capital indiana, vêm-se traços da sua história milenar e também os símbolos da prosperidade do presente. Deparámo-nos com muitas cenas inusitadas, como os palácios de marajás, mulheres vestidas de saris coloridos, animais (vacas, camelos e elefantes) deambulando no asfalto e um trânsito caótico. Dizia-nos o motorista que para conduzir em Deli é necessário três coisas: a good break, good horn and good ... luck. 
Embora seja difícil para quem visita a cidade pela primeira vez superar um certo choque inicial diante da pobreza extrema, dos altos níveis de poluição e do caos do trânsito em geral esse estranhamento é recompensado por uma imensa riqueza histórica e cultural, escondida nas estreitas ruas da Velha Deli.  Não há palavras para descrever a confusão de cheiros, sons e contrastes. Tudo tem o seu peculiar encanto nesta terra de tradições milenares.

Tirámos os sapatos para visitar Jami Masjid, a maior mesquita da Índia (e a segunda maior do mundo), construída em 1656, onde se juntam, para rezar, cerca de 20.000 pessoas com vistas para a linha dos telhados de Old Deli. Obrigam-nos a colocar uma espécie de vestido porque afirmam que estamos “mal vestidos” muito embora eu esteja de calças jeans e t-shirt (não decotada).

Visitamos Qutub Minar, construído por Qutub-ud-Din Aibek em 1199. Almoçámos no Restaurante Suribachi. O preço exorbitante para a Índia (15€ por pessoa) não se traduziu na qualidade da comida nem na simpatia do acolhimento.

Fomos até Raj Ghat o mausoléu  erguido em memória de Mahatma Gandhi. Sem ser um local especialmente interessante, marca um dos grandes nomes da história da conquista da independência indiana e, por isso mesmo, vale a pena visitar o monumento que o homenageia.

O final do dia é passado em Connaught Place - o antigo centro colonial - de arquitetura inglesa. Aproveito para comprar “O principezinho” em hindu e em inglês (edição indiana). Nesta zona, há coffee shops com muito bom aspecto, lojinhas trendy chiq, as globais Apple e Samsung bem como um McDonald’s. Vamos até um pequeno bazaar onde começamos por observar a loucura do regatear e da aguçada vertente comercial dos indianos.  Primeira lição do dia: quando na Índia, qualquer pessoa se torna no mais experiente negociador de viagens de tuk-tuk, souvenirs, entradas em monumentos, guardador de sapatos à porta dos templos e até para comprar o bem mais essencial de todos, uma garrafa de água.