quarta-feira, 28 de março de 2012

Sou de todos os mares ...

Sou de todos os mares,
De todos os profundos oceanos do mundo. 
Sou de todos os porto, do barulho das suas docas
De todos os enormes navios fundeados nos cais
E dos que estão encalhados nos bancos de areia (...)
Sou de todos os faróis que há nas noites das costas
Indicando, nos segundos cronometrados da sua luz, 
A traição dos continentes, das ilhas e dos bancos de areia (...)
Sou de toda a extraordinária força da gente marítima
Que se entrega aos abismos do mar com sinceridade
De quem se dá ao único destino possível da terra (...)
Sou de todos os voos de gaivotas e das suas travessias
Quase incompreensíveis aos homens da terra tão lentos
E tão distantes do entendimento das asas duma gaivota (...)
Por isso a minha pátria é o mar (...) 


João Meneres de Campos, in "A Poesia da Proença"

Baía de Cascais

terça-feira, 27 de março de 2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Mensagem do dia #2


“Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo”


Fashion Freak

Sapatos & Sandálias Buffalo London

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domingo, 25 de março de 2012

sábado, 24 de março de 2012

#2 Uma Aventura na Islândia

 Vulcões na Islândia

Quando se fala em Islândia associamos logo o mais famoso vulcão dos últimos tempos que causou distúrbios no espaço aéreo europeu. De nome quase impronunciável, Eyjafjallajökull, é um dos mais de cem sendo que o e o Hekla e o Katla continuam perigosamente activos; Os islandeses gostam que haja pequenas erupções pois evitam as grandes que causam estragos e atraem turísticas “tourist eruptions”. 

Terra de contrastes. Durante grande parte do ano traja o formal preto e branco invernais. De Verão, a natureza transforma-se: Vulcões, géiseres, cascatas, lagos, glaciares, montanhas, fiordes, arco-iris e auroras boreais exibem-se de forma exuberante emergindo uma profusão de cores. Ao longo da costa, o mar banha praias de areia negra, os sandur, já o interior da ilha é de uma aridez lunar com negros desertos; profundos desfiladeiros decorados, muito esporadicamente, por cascatas ora singelas ora gigantescas. Exemplo disso é a Gullfoss onde "era uma vez" vivia um agricultor que vivia numa aldeia e, após muitas peripécias, atirou um saco cheio de moedas de ouro para a imponente cascata. Ficou a lenda e a beleza grandiosa do cair da água, forte e intemerária em negros rochedos onde a presença do homem é estranha à perfeição da natureza. 

No que diz respeito à actividade sísmica, é suficiente dizer que Thingvellir, local apontado como o mais antigo parlamento do mundo, é também o local de encontro entre as placas tectónicas europeia e americana. Aí, local simbólico da identidade islandesa, homens e mulheres perderam a vida desde 1602 

Na Islândia a mão do homem ainda não venceu o forte sopro da natureza; é esta que dita as regras e os locais não são indiferentes a nada disto. De tempos a todos ocorre uma erupção presenteando o pais com mais mais uns quilómetros de território como foi o caso da ilha de Surtsey, por exemplo, que surgiu após uma série de erupções vulcânicas entre o dia 8 de Novembro de 1963 e 5 de Junho de 1968. 

A mentalidade islandesa, de origem nórdica, pauta pela responsabilização colectiva pelo aproveitamento dos recursos naturais da ilha, sem os destruir. Utilizando os recursos de forma sustentável, os islandeses desde os tempos de isolamento e da falta de vias de comunicação, aprenderam a utilizar os recursos existentes quer para utensílios do quotidiano quer através do aproveitamento geotérmico; fontes geotérmicas e hídricas alimentam quase na totalidade o sistema eléctrico do pais, levando electricidade e água quente a todas as casas do país. 





















quarta-feira, 21 de março de 2012

#1 Uma Aventura na Islândia

Islândia, a terra do Gelo e do Fogo. É este binómio que marca a beleza natural da ilha que vê irromper por entre as altas montanhas glaciares gelados “cortados” por rios de fogo que modificam a paisagem primitiva sem pedir permissão. A natureza, árida e agreste, um chão de lava e uma quase completa ausência de árvores originou a velha piada “se estiver perdido numa floresta islandesa, levante-se”.


A pauta de cores é semelhante a um desenho animado graças à actividade vulcânica. O sopé das montanhas é debruado de amarelo-enxofre, lagos e fumarolas cinza borbulhante, branco fumegante dos géiseres que irrompem do fundo da terra e branco-gelo dos glaciares que constantemente alteram a sua forma que há não tantos anos assim arrefeceram o fogo que brotou da terra dando origem aos campos de lava repletos de rochas negras e lama cinzenta. As cores irreais explicam-se pela acção da natureza e as suas transformações permanentes devendo este ser o melhor local do mundo para observar os movimentos de transformação do planeta. 

Existem fabulosos géiseres na Islândia, incluindo o Geysir, que dá origem à palavra ou o Strokkur, que chega a atingir vinte metros de altura.

Manhã cedo, o frio é cortante. Pelo menos não há sinais de nuvens o que é um bom prenúncio para o resto do dia.